quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A polêmica do Novo Jornal em xeque

nov/2007

Furos de notícias, matérias não assinadas que são acusadas de beirarem à irresponsabilidade, críticas à partidos como o PSDB, ao Ministério Público e a Walfrido Mares Guia, entre outras figuras do mundo da política. Essa são algumas características do site de notícias Novo Jornal. Um site, da empresa de comunicação Nova Opção, que não disponibiliza algumas informações básicas sobre quem são as pessoas que trabalham nele, o expediente contendo nomes de jornalistas, diretores ou responsáveis e citações de personagens entrevistados. Tantas informações ocultas e polêmicas têm gerado curiosidade, interesse, reclamações e processos por parte de instituições de ensino como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de jornalistas e nas várias esferas públicas e privadas.

A explicação de Marco Aurélio Carone, diretor geral do site, para todos esses fatos, engloba desde o objetivo de tornar público informações políticas que são omitidas pela imprensa, até preservar a identidade das fontes entrevistadas e dos autores das matérias.

Carone concorda que a identificação das fontes daria credibilidade às informações contidas nas matérias, mas, segundo ele, essas pessoas seriam seriamente comprometidas. Sendo assim, ele recorre a três considerações: primeiro, a lei de imprensa determina que havendo um diretor responsável, ele se torna o responsável pelas matérias publicadas. Segundo, muitas matérias que são publicadas no site são feitas por diversos jornalistas de outros veículos que nos pedem para publicá-las, já que no seu veículo isso não seria possível. Terceiro, “Minas Gerais é um Estado que marca as pessoas”.

O diretor geral do Novo Jornal conta que prefere ser responsabilizado por todas as acusações a deixá-las a cargo dos profissionais que contratou. Para Carone, não importa mais se as pessoas baterão ou não de frente com ele, mas diz considerar que os três repórteres que trabalham no site têm muita carreira pela frente e que é melhor que eles não sejam “marcados” no mercado de trabalho.






Os conteúdos controversos atingem a diversas pessoas como, por exemplo, o Procurador de Justiça Jarbas Soares Júnior que vem sendo alvo de acusações mais acirradas nos últimos dois meses. Andrea Vieira, sua assessora diz que ele não moveu nenhum processo contra o site, mesmo considerando esse fato. Segundo ela, Soares Júnior se recusa a comentar as criticas por considerá-las criminosas. Para o procurador, trata-se de um assunto de polícia, como informa a assessora.

O Promotor Geraldo Ferreira também não moveu nenhuma ação, por entender que isso não
valeria a pena, já que considera a pessoa por traz dessas acusações “um zero à esquerda”, que não tem nada a acrescentar ao mundo. Segundo ele, as críticas que foram feitas são falsas e que prefere não falar muito sobre o assunto.

Carone responde, a muitos que consideram as notícias do site irresponsáveis, assim: “Realmente essas pessoas estão certas. Só um louco e irresponsável colocaria determinadas notícias num site, como eu coloco”. Sobre o site, ele ainda afirma que esse veículo continuará em formato virtual, já que a sociedade caminha numa linha evolutiva da veiculação da informação e não seria condizente se ele fizesse o Novo Jornal em versão impressa.

O Novo Jornal, onde trabalham apenas oito pessoas, foi registrado em 2002 com a razão social Nova Opção Ltda. No entanto, a empresa existe desde 1994, sob o nome de Restaurante Nova Opção, localizado na BR 381, em Betim. A empresa tinha como sócio o casal de chineses, naturalizados brasileiros, Drew Wang e Chang Haiping De Wang. Em 2000, o então deputado estadual Marco Aurélio Flores Carone assumiu a titularidade da empresa transformando-a num veículo de comunicação. Mudaram-se parte do nome e a atividade também, segundo dados do registro de constituição de empresas fornecidos pela Junta Comercial do Estado de Minas
Gerais.

Primeiro registro de constituição de empresa do jornal



Registro de constituição de empresa

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